#UfraSuasRaízesSuasHistórias: Falesi e as gerações formadas pela UFRA

Na história da família da professora Ruth Helena Falesi, tudo começou com Ítalo, o pai, que se formou ainda na terceira turma da Escola de Agronomia da Amazônia (EAA), atual Ufra. Pesquisador do Instituto Agrônomico do Norte (IAN) hoje Embrapa, Italo Claudio Falesi também acabou se tornando professor da Ufra. A família morava em uma das casas do IAN. “Nós moramos na Embrapa por 27 anos. Minha infância foi toda dentro da FCAP. Meu pai quando ia dar aula tinha o costume de nos levar com ele, principalmente quando eram aulas práticas”, explica a professora Ruth. 

A professora diz que são muitas memórias, principalmente por esses momentos em que acompanhava o pai, onde também conhecia outros professores e os filhos deles, que posteriormente também cursaram a Ufra e se tornaram docentes.

Por isso, ingressar como caloura na Ufra acabou sendo um caminho natural, mesmo que o pai não apoiasse a escolha inicial por cursar agronomia. “Ele dizia que não era pra mulheres, que o trabalho no campo era pesado. Acabei desistindo e cursei Administração. Mas voltei para a Ufra, por influência da minha mãe, que me inscreveu no processo seletivo para medicina veterinária e eu passei”, lembra. 

A alegria de ser aprovada no curso só não foi maior do que, anos depois, também ser aprovada para técnica e também docente da instituição. “A história da minha família tem uma relação muito direta com a Ufra. Ter o meu nome ligado a história da instituição, além de ser emocionante e gratificante, também carrega uma responsabilidade, principalmente porque meu pai sempre foi muito respeitado. Mas acredito que esteja conseguindo isso, nesses mais de 30 anos como docente”, diz. 

Ruth diz que se orgulha da própria trajetória e de ter participado da evolução e transformação da universidade. “Espero continuar levando a instituição com responsabilidade e carinho, para manter a universidade de excelência no local que ela precisa e no patamar que ela precisa estar”, acredita. 

E a trajetória da família Falesi na instituição não parou por aí. Assim como fazia o pai, a professora Ruth Helena também levava os filhos para as aulas práticas na instituição. A convivência na universidade gerou resultados: dos três filhos da professora, Ítalo, Leonardo e Ricardo, dois optaram por cursar agronomia na instituição. 

“Primeiro foi meu filho Ítalo, que tem o mesmo nome do meu pai. E depois meu filho mais novo, Ricardo, que seguiu os passos do irmão na agronomia”, diz.

Atualmente, o pai Ítalo Falesi é professor aposentado da Ufra e da Embrapa. "Como pesquisador, fui professor de geologia e solos na EAA e Fcap. Passei quase 22 amos lecionando nessa área e formando muitos alunos. Ser professor da universidade foi uma das coisas mais importantes que fiz na minha vida, eu amava ser professor. Minha família é ligada firmemente na área das ciências agrárias. Ter a minha filha como professora na instituição que me formei e trabalhei, e consequentemente ter meus netos na mesma área que eu, me dá uma satisfação muito grande", diz Ítalo Cláudio Falesi.

Ricardo, o neto, está fazendo doutorado na Ufra, e tem o sonho de se tornar docente na mesma instituição que o avô e a mãe. “Então acredito que ainda tenhamos gerações com o sangue Falesi percorrendo a instituição”, revela. 

*Entrevista para a jornalista Vanessa Monteiro, em 15 de abril de 2025.

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#UfraSuasRaízesSuasHistórias

A Ufra completa 74 anos de tradição, ciência e ensino na região amazônica. A universidade não só forma profissionais, como também une gerações e faz parte da vida e da memória de muitas famílias. 

Nessa série, reunimos depoimentos de algumas dessas famílias, que se orgulham de fazer parte da jornada da primeira universidade federal rural do Norte do país. Neste texto, um pouco da família Falesi.