Aniversário de Belém - 06 Iniciativas da Ufra que fazem a diferença para a cidade
O primeiro campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) foi em Belém, cidade que neste domingo (12) completa 409 anos. Entre os diversos projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos pela universidade na capital paraense, muitos se destacam pela atuação voltada à melhoria das condições de vida da população, dos animais e do meio ambiente como um todo. Conheça alguns desses projetos, que buscam na ciência a base para uma cidade melhor.
1. Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR):
Quais são as principais áreas sujeitas a alagamentos, inundações e erosões no município de Belém? Diagnosticar e mapear essas áreas, contando com a participação popular é o objetivo principal do Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR). Ao longo ano estão sendo desenvolvidos 20 PMRRs em todo o Brasil, com coordenação geral do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Periferias, Departamento de Mitigação e Prevenção de Riscos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, Defesa Civil e universidades de todo o Brasil. Em Belém o projeto é coordenado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Bengui, Cabanagem, ilha do Combu, Outeiro, Mosqueiro são os bairros que foram priorizados pelo projeto, para o mapeamento participativo, não apenas por apresentarem pontos de inundação, mas pela localização, apoio logístico das Usinas da Paz e apoio de lideres comunitários
A coordenadora do plano em Belém é a professora Milena Andrade, que também coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão em Desastres e Geotecnologias na Amazônia (Geodesastres).
O desenvolvimento do PMRR está previsto para execução durante de 18 meses a contar de março de 2024. Foto: Bruno Chaves (Ascom Ufra)
2.Projeto SDIA
O projeto Sistema Inteligente para Promoção do Desenvolvimento Infantil na Amazônia Paraense (SDIA), tem objetivo de desenvolver um software que auxilie a fazer um rastreamento de crianças de 0 a 05 anos, ainda na primeira infância e que apresentem dificuldade de desenvolvimento. A intenção é identificar características específicas dessas crianças, para que sejam direcionadas à uma rede de apoio especializada, garantida por lei e oferecida pelos órgãos públicos. A partir de um sistema que conta com ajuda de inteligência artificial, o aplicativo criado vai auxiliar em entrevistas com pais e professores, sugerindo perguntas e respostas já preconizadas pelo Ministério da Saúde e por profissionais especializados na área. A partir daí a equipe vai indicar para uma rede de atendimentos e diagnósticos especializados disponíveis no estado, como o serviço de saúde. A primeira infância é um período crucial no desenvolvimento humano, onde dificuldades e atenção especial frequentemente se manifestam.
A partir de fevereiro o SDIA irá coletar dados em uma creche de Belém, com 50 profissionais da educação infantil. O projeto prevê a capacitação tanto de professores quanto de pais para utilização do protótipo, além da transferência da tecnologia.
O projeto é coordenado pelo professor Marcus Braga (Núcleo de Pesquisas em Computação Aplicada - NPCA, da Ufra campus Paragominas) junto a uma equipe multidisciplinar composta pelos professores da Ufra: Fabrício Araújo; Flávia Marçal (Projeto TEA); Liliane Afonso ; Gilberto Nerino e profissionais de outras instituições, como Isadora Mendes; Aline Cruz (UFPA - Hospital Barros Barreto); Daniel Leal (CESUPA).
Software desenvolvido pelos pesquisadores vai fazer um rastreamento de crianças de 0 a 05 anos com dificuldades de desenvolvimento. Foto: arquivo SDia
3.Captação de água da chuva na região insular de Belém
O sistema de captação de água da chuva foi desenvolvido pela professora Vania Neu e possibilita que ribeirinhos tenham acesso a água potável . O sistema independe de energia elétrica e do sistema público de abastecimento. Entre os locais que o sistema está instalado está a ilha do Combu, pertencente a Belém e onde dois estabelecimentos comerciais já utilizam o sistema no dia a dia. A tecnologia é certificada pela Fundação Banco do Brasil e pode ser reaplicado em qualquer lugar. O projeto existe desde 2012 e iniciou com 15 famílias da comunidade do Furo Grande, na Ilha das Onças, região metropolitana de Belém, onde desde então tem mudado a realidade da comunidade.
Mais informações: @lab_hbgq
Protótipo e cartilha que mostra como construir o sistema. Foto: Vanessa Monteiro (Ascom Ufra)
4. Enactus Ufra
Fundado em 1984, o Hospital Veterinário Prof. Mário Dias Teixeira Veterinário funciona como um hospital escola para o curso de medicina veterinária, além de cenário de prática para o programa de residência em medicina veterinária em diversas áreas.
Foi o primeiro hospital veterinário da região Norte e possui uma política de isenção de consultas específica para tutores com perfil de baixa renda (comprovada pelo cadÚnico e documento oficial com foto, ambos com original e cópia). As consultas quantos os exames e cirurgias do Hovet tem preços reduzidos, para que seja possível atender os animais da comunidade.
O Hovet Ufra Oferece atendimento em Clínica médica de animais de companhia incluindo pets não convencionais com os serviços de clínica geral, oftalmologia, cirurgia, anestesia e medicina laboratorial e de diagnóstico por Imagem. Entre os diferenciais do Hovet é que pessoa surdas ou com deficiência auditiva e que necessitem levar os animais para atendimento, podem solicitar o auxílio de intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras). O serviço ocorre em cumprimento à LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. A direção do Hovet é da professora Dra Deborah Oliveira.
Contato: 99311-2022 (somente whatsapp) e site: hovet.ufra.edu.br e rede social
@hovet.ufra . Horário de atendimento: das 7h30h às 16h30, de segunda a sexta-feira por ordem de chegada. Não funciona em feriados e pontos facultativos.
Hovet Ufra tem política de isenção de consultas específica para tutores com perfil de baixa renda. Foto: Deborah Oliveira
6. Projeto Carroceiro – Serviço integrado de atenção ao equídeo
A Ufra não realiza o resgate de animais, mas desde 2003 , tanto por órgãos de fiscalização, quanto por carroceiros. O atendimento gratuito ocorre a partir do Projeto Carroceiro, que atua no combate a maus tratos e na reabilitação de equinos usados no trabalho de tração animal. Cerca de 300 animais passam pelo campus Belém todos os anos.
Além do atendimento na sede, o Projeto realiza atividades itinerantes, em bairros e outros municípios em que existe o trabalho de tração. O Projeto Carroceiro é coordenado pelo professor Djacy Ribeiro, com direção técnica do médico veterinário Heriberto Figueiredo.
Outra iniciativa do projeto é o incentivo à adoção de animais reabilitados, para que tenham uma nova oportunidade vida livre e longe do peso das carroças.
Contato: instagram @siaeufra
O Horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, campus Belém.
Projeto atende gratuitamente os cavalos, burros e jumentos encaminhados à universidade. Foto: Vanessa Monteiro (Ascom Ufra)
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Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra
Com informações dos projetos.
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