PGD Ufra é lançado na universidade
Flexibilização da carga horária de trabalho, dispensa do ponto eletrônico e a possibilidade de realizar as atividades de forma remota são algumas das novidades do Programa de Gestão de Desempenho (PGD), lançado nesta quarta-feira (18) pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O lançamento foi realizado durante a confraternização natalina organizada pela instituição, que reuniu a comunidade acadêmica em um almoço no restaurante universitário no campus Belem.
Para a reitora da Ufra, professora Herdjania Veras de Lima, o PGD Ufra é o resultado de um processo de organização administrativa. “Durante todo esse período da nossa gestão, tentamos buscar a organização da nossa estrutura, fazendo e implementando várias ações e todas essas ações foram necessárias para culminar nesse momento. O PGD chega agora em uma universidade já organizada e mais amadurecida em termos administrativos e dá a possibilidade de podermos avançar. Ele flexibiliza a jornada de trabalho, ao mesmo tempo que deixa o servidor trabalhar mais a vontade. Com isso, a tendência é termos mais agilidade e um avanço nos processos, garantindo que o servidor possa ter um melhor ambiente de trabalho”, diz a reitora.
Reitora da Ufra acredita que o PGD vai otimizar os processos dentro da universidade e dar qualidade de vida ao servidor. Foto: Mariane Smith
A Fase teste do PGD Ufra inicia em janeiro de 2025, contemplando inicialmente quatro unidades da Ufra: Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progep); Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC); Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Propladi) e campus Capanema. Por 60 dias essas unidades vão utilizar o sistema e servir como base para a implantação definitiva do PGD Ufra.
“A fase teste é para entender as peculiaridades da universidade e aperfeiçoar a legislação de acordo com as necessidades da instituição. Vamos observar se ocorreram problemas técnicos, sugestões de alterações, acréscimos e procedimentos que podem ser criados. Ao final desse período, a Comissão do PGD vai emitir um relatório final e encaminhar um regramento definitivo para ser implantado em toda a universidade”, explica Marcelo Albernaz, diretor de Desempenho e Desenvolvimento (DDD/Progep) e presidente da Comissão do PGD.
O processo de implantação está sendo conduzido na UFRA desde 2022 e conduzido pela atual comissão desde novembro de 2023. A expectativa, segundo o diretor, é que esse regramento final seja publicado até o final do mês de fevereiro de 2025.
Fase teste do PGD inicia em janeiro de 2025. Foto: Mariane Smith
Albernaz explica que a modalidade e o regime de execução a que os servidores estarão submetidos serão definidos de acordo com o interesse da administração, as entregas da unidade e a necessidade de atendimento ao público. No caso do PGD serão utilizadas duas modalidades: Presencial e Teletrabalho. “Na Modalidade Presencial o servidor comparece todos os dias à universidade, mas não está limitado ao ponto eletrônico, e sim às entregas de trabalho pactuadas com sua chefia no plano de trabalho estabelecido”, disse.
Já na Modalidade Teletrabalho o servidor vai poder executar as funções no Regime Parcial ou Integral. No regime Parcial a jornada de trabalho é híbrida, ou seja, vai ocorrer em dias de home office e dias presenciais na universidade. “O servidor terá que ir no mínimo duas vezes na semana para a unidade, pois no que pese a adoção do PGD na UFRA os atendimentos presenciais durante o horário de funcionamento da unidade não poderão ser afetados. Já o teletrabalho integral está limitado a 10% da unidade, somente para condições excepcionais, como remoções por problemas de saúde, lactantes e outras prioridades já previstas”, explica. Ele ressalta ainda que todos os participantes estarão dispensados do registro de controle de ponto eletrônico, na totalidade da sua jornada de trabalho, qualquer que seja a modalidade e o regime de execução.
Segundo a pró-reitora de Gestão de Pessoas, Amanda Medeiros, o PGD vai trazer mais qualidade de vida ao servidor. “O PGD traz mais inovação, flexibilização, busca a gestão por resultados e não uma gestão por controle de presença. O servidor vai fazer entregas dentro da unidade. Isso trabalha a eficiência, eficácia e efetividade dentro da administração pública”, explica.
Outra novidade anunciada para os servidores da Ufra é o estudo sobre a flexibilização da carga horária dos Técnicos administrativos (TAE). “Uma comissão fará um estudo para toda a universidade, como foi feito com o PGD, para que possamos flexibilizar a carga horária dos TAE, para que ela seja reduzida de oito para seis horas de trabalho. Essa comissão já existe e após a implantação total do PGD nós daremos início a esse novo trabalho”, explica a pró-reitora.
A servidora Mayara Gonçalves acredita que o PGD vai ajudar no rendimento no trabalho e a evitar desgastes com transporte. Foto: Bruno Chaves
Para a servidora Mayara Gonçalves, que trabalha há sete anos na universidade, o PGD vai ajudar o servidor a não ter tanto desgaste, principalmente com deslocamento. “Eu demoro cerca de duas horas para chegar à universidade e depois mais duas para voltar pra casa, no transporte público. A logística desse percurso que a gente faz gera muito estresse e desgaste. Eu acredito que já estamos vivendo um novo momento no serviço público e o PGD vai ser um marco para que possamos alcançar qualidade de vida pessoal e no trabalho, sem perdermos nosso desempenho”, diz.
Todas as informações sobre o PGD Ufra estarão disponíveis no site da Progep, na aba “Programa de Gestão de Desempenho”.
Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra
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