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Ultimas Notícias

Plano apresenta primeiros resultados de mapeamento participativo das áreas de risco em Belém

  • Publicado: Terça, 10 Dezembro 2024 14:53
  • Última Atualização: Terça, 10 Dezembro 2024 18:40

PMRR 3

Quais são as principais áreas sujeitas a alagamentos, inundações e erosões no município de Belém? Diagnosticar e mapear essas áreas, contando com a participação popular é o objetivo principal do  Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR). Ao longo ano estão sendo desenvolvidos 20 PMRRs em todo o Brasil, com coordenação geral do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Periferias, Departamento de Mitigação e Prevenção de Riscos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, Defesa Civil e universidades de todo o Brasil. Em Belém o projeto é coordenado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).

Com objetivo de apresentar os primeiros resultados obtidos durante o mapeamento participativo feito com o apoio da comunidade, será realizado nesta quarta-feira (11), na Ufra, o II Encontro sobre o Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR-Belém), O evento vai ocorrer das 09h às 12h e das 14h às 18h, no auditório do Pavilhão de Salas de aula da universidade. A programação inclui palestras com os pesquisadores e representantes das instituições envolvidas, apresentação de resultados e devolutiva para a comunidade. No evento também serão lançadas três cartilhas, contendo os resultados, um glossário e uma cartilha de prevenção à inundação.

O mapeamento ocorreu de forma participativa durante 13 oficinas entre a equipe do projeto e moradores dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Bengui, Cabanagem, ilha do Combu, Outeiro, Mosqueiro. “Nós priorizamos territórios periféricos com problemas de inundação, onde pudéssemos contar com as lideranças comunitárias e tivéssemos apoio logístico das Usinas da Paz”, explica a coordenadora do plano em Belém, professora Milena Andrade, que também coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão em Desastres e Geotecnologia na Amazônia (Geodesastres). 

Durante a reunião serão apresentados os primeiros resultados sobre impactos, ameaças e vulnerabilidades apontadas pelos moradores dos bairros mapeados. As equipes foram aos bairros, escutaram, sistematizaram e mapearam os principais problemas relatados pelas comunidades. “Os moradores relataram como principais queixas a falta de manutenção nas obras existentes, ausência de educação ambiental, criminalidade, danos materiais”, disse a professora Milena Andrade. 

Kátia Demeda, coordenadora de Mapeamento Participativo do PMRR Belém, explica que foram feitos dois tipos de mapeamento: Um técnico, onde foram obtidas imagens por meio de drones. Essas imagens registraram áreas urbanas e não urbanas de Belém, que é o caso das ilhas, tentando caracterizar as áreas de risco em meio a esse contexto de moradia e vivência das pessoas em seus espaços. E o segundo foi o mapeamento participativo, construído para proporcionar aos moradores dos bairros um momento de escuta, por parte da equipe, para identificar e caracterizar os pontos críticos. "Os maiores desafios enfrentados pelos moradores nas áreas mais urbanas são as inundações e os alagamentos, os quais estão relacionados aos ciclos das chuvas, às características geográficas da cidade, que possui vários cursos de água adentrando a cidade ou melhor a cidade que adentrou sobre esses cursos d'água. 

Essas características de Belém, aliado ao processo de ocupação e urbanização, vêm se constituindo grandes desafios para os moradores de Belém e para os gestores. Nas ilhas temos o desafio das erosões costeiras. O nível das águas vem subindo e vem sendo apontado como algo preocupante pelos moradores”, disse. 
 
Além dessas ameaças citadas pelos moradores, também foram mapeados pontos de vulnerabilidade, como a criminalidade, a falta de saneamento adequado, falta de pavimentação em algumas ruas, aglomerações que existem em alguns bairros, acúmulo de lixo em locais inadequados, entre outros, que se apresentam como agravantes  para as ameaças apontadas.

O desenvolvimento do PMRR está previsto para execução durante de 18 meses a contar de março de 2024. Essa é a segunda fase do projeto. As próximas etapas incluem o planejamento técnico que pode indicar medidas de controle e prevenção para as áreas de risco na cidade. No documento final do PMRR-Belém o objetivo é propor medidas estruturais, priorizando Soluções Baseadas na Natureza, e, medidas não-estruturais, tais como indicações de atividades de educação ambiental.

Programação:

09h às 11h30: Palestras com representantes da prefeitura de Belém e de lideranças comunitárias, acadêmicos, professores da Universidade Federal Rural da Amazônia e da coordenação do Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém.

12h: Abertura da exposição fotográfica “Águas de rios e os riscos da cidade” e lançamento das cartilhas “Participação social no PMRR Belém: resultados e reflexões”, “Glossário para Redução de Riscos e Desastres” e “Ondas de Rio: Cartilha de Prevenção à inundação”.

14h às 18h: Devolutiva dos mapeamentos participativos dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Bengui, Cabanagem, ilha do Combu, Outeiro, Mosqueiro.

Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra

 

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