Ufra debate fundação da primeira associação de pós-graduandos da instituição
Com o objetivo de discutir temas comuns e fortalecer os direitos dos estudantes de pós-graduação da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), foi realizada nesta quinta-feira (05) uma assembleia para fundação da Associação de pós-graduandos da Ufra (APG Ufra). A reunião ocorreu durante a programação do IV Conecta Ufra, evento realizado de 02 a 05 de dezembro no campus Belém. Na ocasião foi lido um estatuto e eleita uma comissão eleitoral, que vai receber as chapas interessadas em representar os estudantes de pós-graduação na associação. O estatuto foi aprovado por 44 membros presentes, que incluiu alunos e professores da pós-graduação. Tanto o estatuto quanto o regimento serão publicados nas redes sociais da APG Ufra, assim como o período de eleição e de votação para todos os alunos de pós-graduação da instituição.
Para Eduarda Amorim, estudante de pós-graduação em Agronomia e que lidera o movimento na universidade, ter uma APG na instituição significa conseguir maior visibilidade para a região Norte na Associação Nacional de pós-graduandos (ANPG). “Estamos falando de representatividade de estudantes da pós-graduação dentro e fora da Ufra. Nosso principal interesse é um fortalecimento a nível nacional, porque temos pautas que interessam a todos nós pós-graduandos, como questões relacionadas a bolsas, direitos previdenciarios, reajustes, direitos das mães pós-graduandas, tudo foi conseguido a partir da ANPG. Com uma APG na Ufra estaremos fortalecidos a nível nacional”, diz.
Eduarda Amorim acredita que o engajamento de alunos vai ajudar a fortalecer e a representar a universidade diante de temas importantes para quem realiza pesquisa na Amazônia. “Temos mais de 40 anos de pós-graduação na Ufra e nunca tivemos esse momento. Nós sabemos a importância da associação para a região Norte e para o estado do Pará, pois quando se fala em pesquisa e pós graduação sempre associam às regiões sul e sudeste, que é pra onde vai a maior quantidade de bolsas e existem mais universidades. Com a fundação da nossa APG e o engajamento de mais pessoas, podemos abrir uma janela para que nos enxerguem no Norte, o que ajuda a nos dar mais visibilidade nas nossas pesquisas e a fortalecer a universidade também”, disse.
A reitora da Ufra, professora Herdjania Veras de Lima, também participou da assembleia e considerou o IV Conecta o momento ideal para que os alunos se reunissem em prol do fortalecimento da pós-graduação. “A Ufra vem crescendo com seus programas de pós-graduação e não tínhamos os nossos alunos organizados e representados também para ocupar espaços em nossos Conselhos e colegiados. É um momento excelente que ocorreu dentro do Conecta, sempre afirmo que uma universidade forte tem uma pós-graduação forte. E para que possamos crescer nós também precisamos discutir e atender a demanda dos alunos e ouvir a todos”, disse.
Com um total de 10 programas de pós-graduação funcionando na instituição, a pró-reitora de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Ufra (Proped), professora Gisele Barata considera importante que os alunos estejam organizados nessa associação. "Assim eles vão dialogar com mais frequência, externalizando suas necessidades e levando essas discussões de forma estadual e regional, a partir da percepção do aluno. Com isso, eles podem consolidar uma proposta nacional e essas propostas podem chegar aos reitores, às agências de fomento, fundações de apoio à pesquisa, ao Mec”, disse a pró-reitora.
No Pará, a APG Ufra passa a integrar um movimento que já conta com associações de pós-graduandos na Universidade Federal do Pará (Ufpa), Universidade do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e Universidade do Oeste do Pará (Ufopa). Para Lucas Paixão, vice-presidente norte da ANPG, é fundamental que os estudantes participem de um movimento organizado, para ter maior diálogo não apenas com a reitoria, mas ter espaço para falar sobre as demandas específicas que um estudante de pós-graduação na Amazônia necessita.
“A ciência que é desenvolvida na região Norte já é desvalorizada em relação a outras regiões do país. O que a gente precisa fazer para ter visibilidade no que desenvolvemos na Amazônia é duas vezes mais do que outras regiões fazem. Nesse período de Cop30, em que os olhos estão voltados para a região, é importante mostrar o nosso protagonismo, mostrar que na Amazônia se desenvolve pesquisa, ciência e inovação pelas mãos dos que moram aqui”, disse.
Para mais informações sobre a APG UFRA, acesse @apgufra no instagram.
Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra.
Fotos: @apgufra
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