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Grupo visita Ufra para conhecer pesquisas no setor de Palma

  • Publicado: Quarta, 23 de Outubro de 2024, 15h16
  • Última atualização em Quarta, 23 de Outubro de 2024, 17h33

Nesta terça-feira (22) a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) recebeu a visita de empresários do setor da Palma, para que conhecessem alguns dos projetos que a universidade desenvolve nesse segmento,  em que o Pará é líder no mercado nacional. “São empresários do setor da Palma em nivel nacional e internacional, que podem potencializar parcerias e  pesquisas voltados a estudos da palma na nossa região”, explica a professora Natalia Guarino, que organizou a visita.

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Os visitantes estão em Belém por conta do Palmacon - Palma do Brasil Conferência de Negócios, que ocorre nos dias 23 e 24 de outubro no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. Entre eles estava Alejandra Lopez, diretora de produtos da companhia colombiana SEPALM, produtor autorizado de sementes de dendê e azeite nas Américas. A visita à Ufra teve um principal objetivo: conhecer sobre as pesquisas desenvolvidas na universidade para estreitar parcerias visando melhorias na produção da empresa na Colômbia. 

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“Queremos conhecer as inovações que estão sendo desenvolvidas pela academia e quais as tendências e tecnologias que podemos aplicar na nossa produção e cultivo, além de também conhecer os técnicos e alunos que estão se formando para atuar nessa cadeia produtiva e melhor manejo agronômico. Já temos várias pesquisas dedicadas a melhoramento genético, não só nas Américas, mas na Ásia e África e também queremos partilhar esse conhecimento, especialmente no controle de pragas”, diz. 

Para reitora da Ufra, professora Herdjania Veras de Lima, é importante estreitar parcerias com o setor produtivo e impulsionar cada vez mais as pesquisas desenvolvidas na universidade. “A Ufra é referência em estudos da cadeia da Palma na Amazônia. Temos inúmeras pesquisas que podem ser aplicadas em toda a cadeia produtiva, desde a área de solo, resíduos, biosanidade e manejo. São contribuições que beneficiam tanto a indústria quantos nossos alunos, que podem realizar pesquisas e se inserir no mercado de trabalho”, diz. 

Pesquisas

Entre os projetos apresentados está o Biobags, pesquisa em desenvolvimento pela Enactus Ufra e o Amazoncel, laboratório de celulose da Ufra coordenado pela professora Lina Bufalino e que investe na fabricação de papel a partir de resíduos amazônicos, como o caroço do açaí. O objetivo é conseguir desenvolver uma embalagem biodegradável, utilizando, dessa vez, resíduos da palma do dendê, côco e açaí, em substituição às sacolas plásticas de uso único, ideia da profa Natalia Guarino, que busca parcerias para viabilizar o estudo. 

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“O projeto ainda está no nível de pesquisa. Para desenvolvê-lo precisamos de parceiros. Esse é o projeto que almejamos levar para a COP 30, unindo universidade, empresários e estado”, explica Natalia Guarino, que também é professora conselheira do time Enactus Ufra. A Enactus-UFRA é composta por mais de 40 alunos dos mais diversos cursos de graduação e mantém projetos que visam o fortalecimento da economia circular, bioeconomia empreendedorismo social, geração de renda, educação ambiental e empreendedora, e, principalmente o aumento da consciência ambiental.

Também estiveram presentes os integrantes do grupo Nutripalma, que realizam pesquisa no setor, além de organizarem visitas técnicas em fazendas, workshops e palestras para o público interno e externo. “Conhecer mais sobre essa cultura é importante, tanto para o nosso conhecimento pessoal quanto para nossa carreira. A palma do óleo é um dos principais produtos do estado, temos muito a aprender com a produção e a variedade de tudo que podemos fazer sobre essa cultura”, explica a aluna Vitória Dias, discente do 7 semestre de Agronomia. Um dos orientadores do grupo, professor Daniel Pinheiro, diz que os alunos tem a formação consolidada no grupo e “São profissionais em formação que estarão qualificados para atuar em toda essa cadeia produtiva e prontos para o mercado de trabalho”.

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A professora Gisele Barata, pró-reitora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (Proped) também esteve presente na visita e é uma das palestrantes do Palmacon desta quinta-feira (24), às 16h, no painel Painel 7 “Inovação de ponta a ponta: do campo à indústria”. A professora vai conversar com os participantes sobre “Microrganismos da Amazônia: promotores do crescimento e biocontrole de insetos pragas em Palma de Óleo”, um trabalho que realiza há anos na Ufra. A pesquisadora vai falar principalmente sobre as pesquisas que desenvolve sobre bioinsumos. 

“Vamos apresentar os bioinsumos produzidos com base em microorganismos nativos da Amazônia, que já convivem com a planta, que podem ser isolados e selecionados e contribuir em produtos que vão acelerar o crescimento da planta, reduzindo a quantidade de adubos e fertilizantes químicos necessários para esse crescimento”, explica. 

Com esses bioinsumos, a professora explica que é possível ter uma redução de 50% do uso de produtos químicos na produção de mudas e economia na produção. “É uma economia de recursos diretos e indiretos, pois é possível ter uma redução de custo com adubo, mão de obra, tempo de produção no viveiro e redução de emissão de gases do efeito estufa”. Na palestra também serão apresentados os estudos da professora Telma Batista, que desenvolve bioinseticidas capazes de reduzir a população de pragas nas plantações de dendê. 

Palmacon

O Palmacon é uma realização da ABRAPALMA  (Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma) e ocorre até esta quinta-feira (24), no Hangar Centro de Convenções.

 
Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra
Fotos: Mariane Smith, Ascom Ufra
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