Capes aprova implantação do primeiro programa de pós-graduação da Ufra Capanema
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) tem mais um programa de pós-graduação autorizado pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O programa vai ser implantado na Ufra Capanema, nordeste paraense e será a primeira pós-graduação do campus. A Capes divulgou a lista de cursos autorizados na última quinta-feira (19), aprovando a abertura de mais de 100 cursos de pós-graduação em todo Brasil.
O programa é na área de Planejamento urbano e regional – demografia e o curso ofertado será o mestrado em “Desenvolvimento Regional e Sustentabilidade na Amazônia”. Agora, a universidade espera por todos os trâmites administrativos para que possa lançar o edital e abrir as inscrições. Estão previstas 11 vagas, orientadas por professores do campus Capanema e com previsão de início das atividades em março de 2025, segundo informações da Pró-reitora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (Proped/Ufra).
“O curso vai oportunizar formação continuada de qualidade, com profissionais qualificados que tem o seu viés na sustentabilidade do bioma amazônico. É um curso que vem oportunizar a geração de conhecimento científico e tecnológico a partir dos problemas apresentados na região , com o objetivo de aumentar a resiliência do nosso bioma, que precisa de ações científicas consolidadas”, explica a professora Gisele Barata, pró-reitora de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Ufra.
Outras propostas de pós-graduação seguem em desenvolvimento para serem submetidas à Capes em próximos editais, explica Gisele Barata, pró-reitora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (Proped/Ufra).
As duas linhas de pesquisa são “Planejamento Ambiental e gestão de recursos naturais” e “Desenvolvimento Regional, Socioeconomia e Educação”. Com uma proposta transdisciplinar, as inscrições serão aceitas por graduados em qualquer área de conhecimento. Para a professora Neuma Teixeira dos Santos, que irá coordenar o programa em Capanema, essa é uma conquista importante principalmente para a continuidade das pesquisas dos graduandos e egressos da universidade, que passam a ter essa possibilidade e oportunidade dentro de uma universidade pública. “Nós temos uma demanda muito grande de alunos que são do município ou do entorno, que realizam pesquisas de alta qualidade na graduação e que possuem muito potencial, mas que encerram alí, pois infelizmente não conseguem sair daqui para cursar uma pós fora do município”, explica a professora Neuma Teixeira dos Santos.
Parte da equipe de 11 professores que irão orientar os alunos em duas linhas de pesquisa
Segundo a professora, o curso amplia as possibilidade de melhores oportunidades de emprego. E mercado de trabalho tem interesse nesses profissionais. “Na nossa proposta nós já temos alguns acordos de cooperação técnica e alguns convênios firmados com órgãos públicos e instituições, para ampliar essa perspectiva desses profissionais que vão cursar a pós-graduação”. Ela diz que o foco é realizar pesquisas para o desenvolvimento do Nordeste paraense, onde o campus está inserido. “Nós temos uma heterogeneidade muito grande na região, a maior faixa contínua de manguezais do mundo; rios e igarapés; unidades de conservação; agricultura sustentável”, diz.
Atualmente a Ufra possui 10 programas de pós-graduação. A aprovação para o curso em Capanema se soma a outros programas criados pela Ufra nos últimos três anos: o programa de Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap), ofertado no campus de Tomé-Açu e a retomada do curso de Doutorado em Ciências Florestais. “São conquistas que vieram a partir do nosso planejamento estratégico, voltado principalmente para a consolidação e expansão da pós-graduação stricto sensu na Ufra”, explica a pró-reitora. Após um levantamento da produção científica dos professores, por instituto, por campus e por área de atuação, foi feito um mapeamento da produção científica dos docentes. “Com isso podemos compreender qual grupo de docentes da universidade que atende aos requisitos da Capes e tem perfil para atuar na pós-graduação”, explica a professora.
Segundo Gisele Barata, outras propostas de pós-graduação seguem em desenvolvimento para serem submetidas à Capes em próximos editais. “Estamos caminhando para alinhar propostas para programas nas áreas de línguística, educação, segurança alimentar e tecnologias sociais para a Amazônia, que são áreas que temos professores com produção de alta qualidade”, diz a pró-reitora.
Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra
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