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Ufra em parceria com a França dão início à jornada Bioarp no Pará

  • Publicado: Terça, 06 de Agosto de 2024, 11h56
  • Última atualização em Terça, 06 de Agosto de 2024, 12h09

De 05 a 09 de agosto é realizada no município de Maracanã e na cidade de Belém a Jornada Bioarp “Padrões de biodiversidade na pluma do Rio Amazonas: uma abordagem transdisciplinar”. A Jornada reúne pesquisadores e estudantes brasileiros e franceses de uma variedade de disciplinas, incluindo oceanografia, sensoriamento remoto, taxonomia, ecologia e genética. O evento é organizado em conjunto pelo Instituto Socioambiental e Recursos Hídricos (ISARH) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e o IRD “Institut de recherche pour le développement” (França).  A ação é financiada pelo projeto “Fundo Equipe França de Ação da Amazônia sobre Mudanças Climáticas e seus Impactos” (FEFACCIon) que foi lançado em junho no Pará.

A programação completa está disponível no link: https://isarh.ufra.edu.br/images/conteudo/divulga%C3%A7%C3%A3o/Cronograma_BIOARP_-_FEFACCION_2024_FINAL.pdf 

A Jornada BIOARP foi planejada como um encontro científico transdisciplinar para analisar, interpretar e valorizar os resultados do levantamento obtidos pelas universidades envolvidas no norte e nordeste do Brasil: UFRA, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o IRD (França)

Programação

Nos dias 05 e 06 a programação inclui com uma atividade de extensão no município estuarino de Maracanã (PA), localizado a 210 km de Belém e onde os pesquisadores da UFRA participam do conselho deliberativo da Reserva Extrativista de Maracanã (Resex Maracanã), gerenciado pelo ICMBIO. A proposta BIOARP faz parte das ações do grupo de Educação Ambiental instituído dentro do conselho da RESEX.

No local será realizada uma reunião junto com o grupo de educação ambiental para criar um mapa participativo da bacia de Maracanã, focando nas áreas de demanda da comunidade, para serem estudadas em conjunto com os pesquisadores da UFRA. Os pesquisadores vão fazer uma demonstração para os membros da RESEX, alunos e professores de escolas públicas das técnicas básicas para coletar plâncton e medição das características físico-químicas da água. Esses organismos serão levados para escola Francisco Nunes, onde funciona o clube de ciências da escola (https://clubeazul.net/).

O clube se dedica ao estudo, proteção e conservação dos ecossistemas amazônicos e a relação destes com o oceano. Os alunos poderão observar os organismos de plâncton vivos e fixados com auxílio de microscópio e do PlanktoScope, equipamento semiautomatizado portátil para análise de fito e protozooplâncton. “A escola Francisco Nunes foi a primeira escola azul do norte do Brasil e está realizando um trabalho junto com a UFRA na divulgação da ciência oceânica no âmbito da década dos Oceanos, período que vai de 2021 a 2030, no município de Maracanã e levando ciência para o interior da RESEX”, explica a coordenadora do evento, professora Xiomara Diaz (Isarh Ufra).

Segundo o grupo Maré Cheia, as chamadas “escolas azuis” trabalham o tema oceano dentro do currículo escolar, engajando ativamente a comunidade escolar na cultura oceânica, e “incentivando estudantes a terem uma maior consciência sobre o oceano em prol da sustentabilidade”. Atualmente existem 320 Escolas Azuis cadastradas em 20 diferentes unidades federativas brasileiras.

De 07 a 09 a programação ocorre no campus da Ufra em Belém, onde o grupo organizou uma série de minicursos voltados ao estudo das ciências aquáticas e direcionados a profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação da UFRA e UFPA. As atividades serão realizadas no Prédio Central e no Laboratório de Ecologia Aquática e Aquicultura Tropical (Lecat). 

As ações estão diretamente inseridas nas atividades do Laboratório Conjunto Internacional “Laboratório Interdisciplinar Tropical Atlântico sobre dinâmicas físicas, biogeoquímicas, ecológicas e humanas” (IJL TAPIOCA) -  www.tapioca.ird.fr. “O TAPIOCA promove a interdisciplinaridade criando uma rede e servindo como um guarda-chuva para vários projetos nacionais e internacionais. A capacitação e a extensão são pilares do TAPIOCA, através do desenvolvimento e fortalecimento de novas infraestruturas e laboratórios, e a interação entre ciência e sociedade”, explica a professora Xiomara Diaz.

FEFACCION

O projeto Fonds Equipe France As mudanças Climaticas : agindo juntos na Amazonia (FEFACCION) tem uma duração de dois anos (2024 e 2025) e envolve mais de 30 ações nos estados do Amazonas, Pará e Amapá, realizadas em conjunto com universidades brasileiras, instituições de pesquisa, associações e atores institucionais da região. Ele é financiado pelo Ministério da Europa e das Relações Exteriores (MEAE) e gerenciado pela Embaixada da França, pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento e pelo Cirad. Fonte: https://pt.ird.fr/

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