Restaurante universitário passa a funcionar também para o jantar

Atendendo a uma demanda antiga dos alunos, o restaurante da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), campus Belém, agora também está aberto para o jantar. Funcionando das 18h às 19h, a comunidade acadêmica pode ter acesso a uma refeição completa e sem limite de senhas de atendimento.

Segundo a pró-reitora de assuntos estudantis, professora Jamile Silva, a Proaes realizou uma pesquisa de opinião no ano de 2023, para verificar o interesse dos alunos pelo jantar e qual o horário que o serviço seria melhor oferecido. “Agora nós vamos avaliar se esse horário precisa ou não ser extendido ou antecipado. A gestão não pôde oferecer o jantar antes porque o processo licitário anterior já estava finalizado e o termo de referência não previa jantar. Com o contrato com uma nova empresa nós conseguimos incluir o jantar, o que pra nós é uma grande felicidade”, explica a pró-reitora.

O restaurante universitário existe desde 1967 e pela primeira vez oferece jantar. Para a reitora da Ufra, professora Herdjania Veras de Lima, tanto o funcionamento do restaurante quanto da biblioteca durante o período noturno abre novas possibilidades. “Com essa novidade nós podemos pensar em ter mais cursos à noite, pois a Ufra Belém ainda não tem 100% de sua utilização durante esse período, então precisamos ocupar esse espaço e assim conseguir planejar novos cursos e novas ações. É um momento histórico para a universidade e estamos muito felizes de conseguir dar essa boa notícia justamente no mês em que a Ufra completa 73 anos”, disse a reitora.

Alunos dos cursos do período noturno são os principais beneficiados, como Iuri Oliveira, discente do segundo semestre de Sistemas de Informação . “Nós sempre pedimos muito para que o r.u funcionasse no período da noite, porque nossa única opção era somente comprar lanche. É a primeira vez que consigo comer no R.U e agora a gente pretende frequentar todo dia”, comemora.

Mas com o R.U aberto para o jantar, estudantes de cursos integrais, pós-graduandos, estagiários e bolsistas também comemoraram a nova possibilidade, como é o caso de Amanda Jenifer Souza, aluna do curso de Agronomia. “Eu não consegui almoçar hoje, por conta dos estudos, então agora estou aproveitando e é muito bom, porque abrange alunos da tarde e da noite, pessoas que trabalham e tem que vir direto para a universidade. É também uma oportunidade para que as pessoas com renda baixa possam se alimentar. Eu vejo isso como benéfico”, diz.

Segundo a nutricionista Laiza Mendes, o cardápio diário e feito exclusivamente para o jantar, vem atender as necessidades nutricionais de quem muitas vezes só possui essa alimentação. “Muitas vezes o aluno passa o dia inteiro na universidade ou vem do trabalho então precisa ter um suporte nutricional melhor. Ainda temos um volume grande de estudantes que dependem da refeição do r.u. Então esse aluno vai poder voltar pra casa bem alimentado”, comemora.

Interior

Nos campi do interior, onde não há R.U, os alunos em situação de vulnerabilidade econômica, selecionados por edital, recebem Auxílio Alimentação em forma de pecúnia (dinheiro).

Segundo a pró-reitora de assuntos estudantis, já está sendo feito um levantamento de todas as áreas que podem ser ocupadas por futuros restaurantes universitários, em cada campus. “Nosso objetivo é em breve iniciar um processo licitatório para ocupar esses espaços já existentes, de forma que a empresa selecionada possa ser responsável pela reforma do ambiente e pelo fornecimento do alimento nesses campi”, diz Jamile Silva.

O Restaurante Universitário do campus Belém funciona de segunda a sexta, das 11h30 às 14h30 e das 18h às 19h para o jantar. A administração da instituição subsidia a maior parte das refeições. Com isso, estudante de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica (selecionados a partir de edital específico) tem direito à refeição gratuita, demais estudantes de Graduação a refeição tem custo R$ 2,50; estudante de pós-graduação R$ 10,00. E para servidores, visitantes e terceirizados a refeição custa R$ 14.

Com a extensão de horário, o bagé (ônibus de circulação interna do campus), funcionará até às 20h30 para o transporte dos alunos pelo campus.

Texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom Ufra

Fotos: Júlia Marques, estagiária de jornalismo, Ascom Ufra