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I Semana de extensão do ISARH reuniu cinco dias de atividades
A Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) encerrou nesta sexta-feira (22), a “I Semana de extensão do ISARH”, evento que teve como objetivo principal reunir as ações que são realizadas nas disciplinas ligadas ao Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos e ministradas durante o período de 2023.2. As atividades ocorreram entre os dias 18 e 22 de março e foram relacionadas aos cursos de Ciências Biológicas; Engenharia de Pesca; Engenharia Ambiental e Energias Renováveis; Licenciatura em Ciências Biológicas e ações de extensão realizadas pelos grupos do instituto. O evento de encerramento contou com exposição de projetos de extensão desenvolvidos por docentes e técnicos do Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos – ISARH e apresentações artísticas do Grupo Regional Frutos do Pará e grupo Carimbó Iaçá, que se apresentaram no Ginásio Poliesportivo Ufra campus Belém.
A I Semana de extensão do ISARH foi idealizada pelo corpo docente associado ao instituto. Segundo a professora Xiomara Diaz, bióloga e organizadora da semana, a proposta era criar um evento que pudesse proporcionar curricularização aos discentes de forma centralizada, permitindo-lhes apresentar e desenvolver atividades relacionadas às disciplinas estudadas. “A ideia foi expor os projetos de extensão que estão sendo desenvolvidos e chamar a comunidade aqui da Ufra para conhecer. Um evento para que a gente pudesse interagir e se conhecer”, disse a professora.
“Durante toda a semana ocorreram várias visitas de escolas aqui na Ufra, tanto do ensino fundamental quanto do ensino médio. Levamos as crianças para os laboratórios e museus para fazer atividades didáticas, lúdicas e científicas com eles”, explica a professora Xiomara Diaz. Os estudantes das escolas EMEF Nossa Senhora da Paz (Marituba) e EEEFM Mario Barbosa puderam visitar o Museu de Zoologia; Museu de Conservação e Coleções Naturais e o Laboratório de Ecologia Aquática e Aquicultura Tropical (LECAT). Além das visitações, foram desenvolvidas atividades na EEEF Prof. Virgilio Libonati, localizada dentro da Ufra, que também participaram das visitações.
A estudante Ludmila Oliveira, discente do curso Ciências Biológicas na Ufra, acredita que o evento foi uma oportunidade de apresentar para a comunidade os projetos de extensão que estão sendo desenvolvidos. Ela apresentava o projeto que participa como membro: “Projeto Luneta : Lúdica na escola no ensino das ciências aquáticas”. “No Projeto Luneta, que geralmente levamos para escolas ribeirinhas, tentamos levar lúdica de forma variada sobre a ecologia e ciências aquáticas. Nós fazemos um projeto de ação com eles, momento em que passamos dias nas escolas, desenvolvemos minicursos, fazemos a coleta da água do rio, conversamos sobre a conservação do ambiente, o porquê de não jogar lixo nesse ambiente e com isso aplicamos vários jogos lúdicos”, explica a graduanda.
Durante a programação, o Projeto Luneta realizou atividades com alunos do ensino básico e que incluíram oficina de brinquedos para fazer bolhas de sabão a partir de material reciclável, em parceria com o Laboratório de Hidrobiogeoquímica (HBGQ). O laboratório desenvolveu uma oficina de produção de sabão a partir de óleo de cozinha reutilizado, ministrada pelo discente José Otávio, do curso de Engenharia Ambiental e Energias Renováveis, membro do projeto de extensão Saponificação Sustentável, coordenado pela professora Vânia Neu.
Segundo a professora Joanne Souza, coordenadora do Laboratório de Biotecnologia da Ufra (LabBioTech), a Semana de extensão do ISARH é importante para agregar os professores e os alunos da instituição, principalmente do instituto, para que possam conhecer o que está sendo trabalhado dentro da universidade. “O evento é uma oportunidade de divulgar os trabalhos e aumentar a rede de comunicação e interação entre os professores e os alunos”, finalizou a professora. Ela estava junto aos discentes que desenvolvem ações no LabBioTech, apresentando os trabalhos que são realizados no local. “Trabalhamos com o cultivo de plantas in vitro, que inclui, por exemplo, a conservação de espécies ameaçadas de extinção, como é o caso das Orquídeas, do Jaborandi e do Morototó. O objetivo é depois retorná-los para o habitat natural. Também realizamos práticas de melhoramento genético, para tentar produzir plantas em larga escala e de linhagens melhoradas”, explica.
Além dessas atividades, também são desenvolvidas pesquisas sobre a resistência a doenças; micropropagação (produção de mudas em larga escala com alta qualidade e livres de patógenos) e produção de substâncias de interesse tanto farmacêutico quanto da indústria de cosméticos.
No dia 22 de março, Dia Mundial da Água, foi reativado para a programação do evento o canal do curso de Ciências Biológicas da universidade na plataforma online Youtube com o intuito de ser utilizado novamente como ferramenta de divulgação científica. De acordo com a professora Xiomara Diaz, o canal havia sido desativado após a pandemia do Covid-19 e dentro das atividades de algumas disciplinas, do semestre de 2023.2, foram produzidos vídeos com conteúdos específicos e entrevistas sobre diversos temas da área das ciências biológicas. O conteúdo será publicado em breve no canal do curso.
O objetivo é que novas atividades sejam realizadas, dessa vez envolvendo todos os institutos do campus Belém.
Texto e fotos: Júlia Marques, estagiária de jornalismo
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