Nota de esclarecimento - manutenção da suspensão das aulas da graduação

Prezada comunidade acadêmica, a partir da suspensão das atividades presenciais, através do Ofício Circular nº 06 de 17 de março de 2020, a nossa Universidade vem constantemente se reinventando e contribuindo para o enfrentamento da pandemia causada pelo Covid-19.

Em virtude da necessidade do afastamento social para evitar a disseminação do vírus, inicialmente, suspendemos completamente nossas atividades acadêmicas e deliberamos pela vedação destas atividades em caráter remoto, considerando a necessidade de planejamento e a garantia da qualidade e da acessibilidade aos nossos estudantes, técnicos e professores.

A partir de então, um grande movimento se formou em nossa Universidade para viabilizar as ações administrativas e acadêmicas. Viabilizamos uma plataforma eficiente para o trabalho remoto, que permitiu o funcionamento administrativo e videoconferências.

No campo acadêmico, com a impossibilidade das atividades presenciais, a Universidade passou a buscar soluções para continuar produzindo e compartilhando conhecimento. Hoje, várias ações de extensão estão ocorrendo simultaneamente em todos os campi, com uma enorme participação de membros não só da academia como também da sociedade em geral. Os webnários começam a se multiplicar e os cursos de pós-graduação estão discutindo as atividades que poderão ser retomadas.

As pró-reitorias de Ensino, de Pesquisa, de Extensão e de Planejamento e Desenvolvimento Tecnológico estão produzindo relatórios especializados sobre o alcance das iniciativas desenvolvidas a partir da suspensão das atividades, bem como sobre os obstáculos a serem superados para atingirmos toda a comunidade por meio do desenvolvimento destas ações. Estes relatórios estão sendo discutidos e analisados semanalmente nas reuniões administrativas, e servirão para subsidiar futuras decisões do Comitê de Gestão de Crise para a Covid-19.

Assim, através da portaria 782, de 18 de maio de 2020, a Universidade refaz a decisão inicial de vedação das atividades remotas, autorizando a execução dessas iniciativas já em curso na Universidade.

Um esforço nacional para atender com qualidade e acessibilidade nossos estudantes está em desenvolvimento e, na Ufra, foi realizada uma pesquisa com os estudantes, revelando que mais de 60% não possuem acesso à internet ou, quando possuem, a conexão não é de boa qualidade.

Desta forma, ratificamos nosso entendimento de que as limitações mencionadas impedem a nossa Universidade de retomar as aulas dos cursos de graduação, mesmo de forma remota. Portanto, não sendo possível, a curto prazo, substituir integralmente ou parcialmente as aulas presenciais por aulas baseadas em educação a distância.

Todavia, não podemos aceitar esta situação de exclusão social e tecnológica, e iremos enviar ao MEC, com base no estudo realizado na Ufra, a solicitação de aporte financeiro, visando corrigir esta desigualdade que hoje impossibilita pelo menos 60% dos nossos estudantes de acompanhar até mesmo as aulas presenciais, por não poderem acessar as bibliotecas virtuais e outros recursos didáticos no seu tempo e na sua necessidade.

Portanto, não iremos retomar as aulas enquanto não tivermos a qualidade e a acessibilidade garantidas.