Ufra cede equipamento que vai ajudar na realização de testes de Covid-19
O equipamento, conhecido como PCR em tempo real, qPCR ou PCRrt (real time) pertence Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) Campus de Parauapebas e é utilizado para análises de nutrigenomica, eficiência metabólica e identificação de bactérias e outros microorganismos nos animais ruminantes. Porém o qPCR também pode ser utilizado para várias outras finalidades, entre elas, na detecção de vírus, como o Covid-19.
“As análises pra Covid-19 são relativamente similares às que fazemos, no entanto tem algumas variações que não dominamos aqui no Campus, e nem temos estrutura também para fazer isso, porque exigem um controle biológico maior do que o temos aqui", diz o professor Rafael Mezzomo, responsável pelo equipamento na UFRA e vice-coordenador do Programa de pós-graduação em Produção Animal na Amazônia. Por isso, a Ufra disponibilizou o equipamento ao Laboratório Central (Lacen), que o direcionou à Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), instituição que se responsabilizou por realizar as análises em laboratório no município de Santarém.
Com o apoio entre as instituições, o PCR foi disponibilizado, e na última terça-feira (05) o governo do estado fez o transporte aéreo do equipamento até a Ufopa. Com o PCR, poderão ser realizados pelo menos 250 testes do Covid-19 por dia, segundo informações do professor Rafael Mezzomo. “Essa forma de identificação de sequência genética é extremamente precisa, e no caso da Covid-19 a metodologia de identificação e testagem é utilizada no mundo inteiro, então é a metodologia que está melhor consolidada, e a mais importante que se tem hoje na realização de testes de Covid”, diz.
Como funciona o equipamento
Tendo uma sequência genética conhecida, como a sequência do Covid-19, o PCR amplifica essa sequência e consegue verificar se ela está presente ou não em uma amostra de sangue analisada.
“Se temos uma amostra de sangue de um paciente e não se sabe se esse paciente é negativo ou positivo para Covid-19, então pegamos essa amostra de sangue, processamos ela, colocamos no equipamento para fazer a leitura e o equipamento vai rastrear, nessa amostra de sangue, se existem fragmentos de RNA do vírus específico da Covid-19. Se nessa amostra tiver esses fragmentos, ou seja, se tiver o vírus, esses fragmentos serão amplificados e aí o equipamento vai conseguir visualizar por meio de fluorescência . Daí o equipamento vai rastrear a amostra e acusar se aquela amostra é positiva ou negativa pro Covid-19”, explica o professor.
texto: Vanessa Monteiro, jornalista, Ascom UFRA
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