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AGENDA DE EVENTOS

Ufra participa da IV Feira de Ciências do Acutipereira

  • Publicado: Terça, 24 de Setembro de 2019, 15h41
  • Última atualização em Terça, 24 de Setembro de 2019, 16h13
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Entre os dias 26 e 28 de setembro de 2019, a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), através do Grupo PET Florestal (Ufra campus Belém) e do Grupo de Estudos em Manejo Integrado de Pragas (GEMIP/Ufra campus Paragominas), participará da IV Feira de Ciências do Acutipereira.

A Feira acontece desde o ano de 2016, na Comunidade Santo Ezequiel Moreno - Projeto de Assentamento Agroextrativista Acutipereira (PEAEx), localizado no município de Portel, Mesorregião do Marajó, no Estado do Pará. Na edição de 2019, o evento contará com a exposição de 14 projetos de ciências desenvolvidos por escolas e comunidades do município de Portel, além de 18 cursos/oficinas.

A Feira nasceu de um debate entre lideranças comunitárias e técnicos de extensão atuantes na região. Carlos Ramos, um dos protagonistas do evento, explica como surgiu o projeto. “Foi uma provocação feita àquelas lideranças sobre a necessidade de avançar em áreas do conhecimento humano além do ofertado pelas instituições de ensino na região, reconhecendo os avanços na área da educação e dos educadores em sua luta para dar dignidade aos jovens”, disse. Para Carlos, a Feira surgiu da necessidade de atender as demandas da comunidade, proporcionando uma visão de futuro inter, multi e transdisciplinar, através da ciência.

No inicio de 2017, uma equipe de professores e pesquisadores da Ufra foi convidada pela Prefeitura Municipal de Portel para conhecer o município, com o objetivo de colaborar com atividades que ampliassem e oportunizassem o desenvolvimento sustentável de comunidades ribeirinhas locais. A partir daí, a instituição implantou o projeto “Transpondo muros”, um passo importante para o desenvolvimento da região, carente de tecnologia e informação. O projeto veio para melhorar as condições de vida e oportunizar alternativas de geração de renda para as famílias, contribuindo com o desenvolvimento humano, ambiental e econômico da região.

Desde então, a Ufra, através dos campi Belém e Paragominas, participa da organização e execução das edições da Feira de Ciências. Até o ano de 2017, o evento concentrava a programação em tecnologias e iniciativas levadas pelas instituições participantes para as comunidades. Em 2018, através de incentivos, alunos e professores das escolas que compõem o PEAEx passaram a desenvolver projetos de pesquisas para serem apresentados durante a Feira.

Na edição de 2019, a Ufra, além de atuar no comitê organizador, está colaborando para a oferta de cursos, oficinas e palestras voltadas ao tema do evento: “Conhecimento gerando novas práticas de sustentabilidade”. Nesta edição, também será inaugurado o espaço “Manejaí”, parte do Centro de Referência em Manejo de Açaizais no Marajó. A universidade também é membro do Centro e responsável pelo projeto “Ecologia, manejo e conservação de várzeas sob manejo de açaí no Marajó”, em execução desde novembro de 2018.

A IV Feira de Ciências contará com a participação de diversas instituições: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Belém, Brasília e Amapá); Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); Instituto Federal do Pará (IFPA/Breves); Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater Breves e Melgaço); Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio); Batalhão de Polícia Ambiental do Pará; Secretária Municipal de Agricultura de Muaná (Semagri), Prefeitura de Portel e Secretarias Municipais; Organizações Sociais dos municípios de Portel, Melgaço, Abaetetuba, Igarapé-Açu, Breves, Oeiras, Muaná e Curralinho; comunidades representantes dos quatro principais rios do município de Portel (Acangatá, Acutipereira, Anapu, Camarapi e Pacajá).

Ao todo, o evento pretende reunir cerca de 600 pessoas, entre alunos das escolas, comunidades de diversos municípios do Marajó (Portel, Melgaço, Breves, Curralinho, Oeiras do Pará, Muaná) e de outras regiões do Pará (Abaetetuba, Igarapé Açu, Paragominas, Belém), além de participantes de outros estados do Brasil, como Amapá, Brasília e Minas Gerais.

Sobre a comunidade Santo Ezequiel Moreno:

Possui 15 anos de existência. É composta por 133 pessoas, de 32 famílias, sendo 82 crianças entre zero e 12 anos de idade. O nível de organização social se reflete na forma como a comunidade planeja e se desenvolve ao longo da sua existência. Como uma forma de luta contra a ausência de políticas públicas efetivas, falta de infraestrutura adequada e ausência ou pouco acesso a recursos para desenvolvimento de estratégias de fortalecimento das práticas agroextrativistas, criou-se o Fundo Solidário Açaí, em 2012. O Fundo já proporcionou à comunidade a construção de infraestrutura e a diversificação produtiva. A experiência é reconhecida pelo Fundo Social do Banco do Brasil como uma Tecnologia Social e recebeu o Prêmio Melhores Práticas em Gestão Local, da Caixa Econômica Federal.

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