UFRA LANÇA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA ECONOMIA DE ENERGIA
Pensando em diminuir o desperdício de energia elétrica e otimizar o orçamento da instituição em tempos de crise, a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) lançou a Campanha Consumo Consciente de Energia na UFRA em todos os seus seis Campi. Como sugere o próprio nome, o objetivo da campanha, de iniciativa da Prefeitura da Ufra, é conscientizar a comunidade acadêmica a respeito dos gastos desnecessários com energia elétrica.
O contexto econômico no qual se encontra o país atualmente traz grandes desafios para a população. Uma pesquisa realizada ao longo de seis meses pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) no ano de 2017 aponta que a despesa com conta de luz é uma das mais sentidas pelos brasileiros. Aliado a isso, o desperdício de energia custou ao Brasil mais de R$ 60 bilhões no período de apenas três anos, entre 2014 e 2017, de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).
Com o objetivo de averiguar possíveis casos de desperdício dentro da Universidade, a Prefeitura da Ufra iniciou uma parceria com o setor de vigilância do Campus Belém. Diariamente, o setor relata à Prefeitura ocorrências, tais como lâmpadas e aparelhos de ar-condicionado ligados fora do horário de funcionamento, além de outras irregularidades. De acordo com o Prefeito da Ufra e idealizador da campanha, Dr. Heriberto Figueiredo, “quando determinado setor obtiver muitas ocorrências, estas serão encaminhadas em relatório ao responsável do setor, solicitando providências”.
Segundo o prefeito, tais medidas são necessárias, pois notou-se que havia um consumo excessivo de energia na Universidade. Como explica o Engenheiro Eletricista da Ufra Vítor Kataoka, o horário crítico para consumo de energia na instituição é no período entre 18:30 e 21:30, o chamado “horário de ponta”, quando a energia é mais cara.
Durante o ano de 2017, a maior conta de energia elétrica da Ufra foi a do mês de setembro, quando o consumo de energia chegou a 461.384 kWh e a 36.987 kWh no horário de ponta. Já no mês de dezembro, quando, em geral, consome-se menos devido ao recesso de fim de ano, o consumo foi de 410.152 kWh no horário fora de ponta e de 33.157 kWh no horário de ponta.
Confira abaixo as tabelas de consumo de energia dos meses citados, divididas por Campus/Unidade.
Consumo de energia na Ufra:
Mês: |
Setembro |
||
|
Consumo (kWh) |
||
Cidade |
Horário fora ponta |
Horário ponta |
|
Belém |
327.634 |
22.532 |
|
Capanema |
22.437 |
884 |
|
Capitão-Poço |
21.724 |
2.572 |
|
Paragominas |
29.442 |
2.897 |
|
Parauapebas |
34.972 |
3.455 |
|
Tomé-Açu |
14.722 |
4.647 |
|
Castanhal |
5.087 |
- |
|
Cuiarana |
314 |
- |
|
Igarapé-Açu |
5.052 |
- |
|
Total |
461.384 |
36.987 |
Mês: |
Dezembro |
||
|
Consumo (kWh) |
||
Cidade |
Horário fora ponta |
Horário ponta |
|
Belém |
287.791 |
20.320 |
|
Capanema |
20.915 |
787 |
|
Capitão-Poço |
23.823 |
2.706 |
|
Paragominas |
25.131 |
2.367 |
|
Parauapebas |
30.511 |
3.628 |
|
Tomé-Açu |
13.183 |
3.349 |
|
Castanhal |
4.550 |
- |
|
Cuiarana |
309 |
- |
|
Igarapé-Açu |
3.939 |
- |
|
Total |
410.152 |
33.157 |
Além dos relatórios em parceria com a Vigilância, a campanha prevê, ainda, a distribuição de cartazes e adesivos de conscientização, de forma a atingir todos os setores da Ufra, em Belém, Capanema, Capitão Poço, Paragominas, Parauapebas, Tomé-Açu e também nas fazendas-escola da instituição.
Brasil – uma das contas de energia mais caras
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico (Ilumina) em 2017, o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking dos países com as contas de luz mais cara do mundo, abaixo apenas de Dinamarca, Alemanha, Portugal e Irlanda.
Ainda segunda a pesquisa, quase 70% da energia consumida no Brasil é proveniente de hidrelétricas, e - apesar de algumas fontes alternativas, como a eólica, já terem uma participação considerável na matriz energética brasileira - o restante provém, predominantemente, de termelétricas movidas a combustíveis fósseis, o que torna a operação bem mais cara.
Consciência – O prefeito da Ufra, Dr. Heriberto Figueiredo, pede que a comunidade acadêmica trate a instituição com zelo e consciência e que veja a Universidade como uma extensão de suas casas. “Nós precisamos tratar a Ufra como tratamos nossas casas. Não é por ser uma repartição pública que não vamos cuidar dela”.
Texto: Raíssa Lima e Jussara Kishi – Ascom Ufra
Arte: Mariane Smith
Redes Sociais